Não procuro o entusiasmo
dos que tentam recriar o mundo
e procuram entender o infinito a cada dia que passa.
Não procuro os sonhos de criança,
que não passaram disso mesmo,
nem falsas alegrias nas histórias desse tempo.
Não procuro retomar caminhos abandonados
nem conquistar corações onde nunca entrei.
Não procuro rever palavras nunca trocadas
nem disfarçar as marcas de uma vida
que expresso em cada gesto.
Não, não procuro grandes coisas
nem coisas de difícil consenso.
Procuro, num movimento lento e sereno,
sem antes nem depois,
o que guardo na memória
o que guardo na memória
o teu sorriso.
José Aranha
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