quarta-feira, 29 de julho de 2015

SÓ À NOITE ESCREVO



Só à noite escrevo aquilo que invento,
Não me apetece fazê-lo de dia,
Parece que a luz do sol me atrofia
E a lua percebe meu desalento.

A noite me traz a escuridão, 
O silêncio, a paz e a calma,
Dá mais tranquilidade à minha alma
E afasta o pavor da solidão.

E à noite, quando a lua se avizinha,
Canto, não a ela, já que meu canto
É um carinho de amor a quem me ama,

Me acompanha, a meu lado caminha,
Me protege debaixo de seu manto
E ateia, no meu peito, eterna chama.

José Aranha